Andreas Kisser sobre Max e Igor Cavalera: "Não há mais relacionamento nenhum"

Guitarrista do Sepultura fala abertamente sobre o afastamento dos irmãos Cavalera e a situação atual da banda.

Andreas Kisser - Imagem: Ethan Miller / Getty Images / Reprodução / Divulgação.
Andreas Kisser - Imagem: Ethan Miller / Getty Images / Reprodução / Divulgação.

A tensão entre Andreas Kisser e os irmãos Max e Igor Cavalera, membros fundadores do Sepultura, continua a definir a relação atual entre eles. Em entrevistas recentes, Andreas deixou claro que não existe qualquer tipo de relacionamento pessoal com Max e Igor, apesar de todo o histórico compartilhado na banda. “Não há relacionamento nenhum”, afirmou o guitarrista, explicando que as únicas comunicações que ocorrem entre eles são através de seus respectivos empresários.

Esse clima de afastamento prevalece desde a saída de Max, em 1996, e Igor, em 2006, do Sepultura.

Já Max parece igualmente distante da ideia de uma reunião da formação clássica. Em declarações recentes, Max destacou que está ocupado com seus projetos atuais, como Soulfly e Cavalera Conspiracy (junto com seu irmão Igor), e não vê necessidade de um retorno ao Sepultura. “Não preciso fazer isso [a reunião]. Estou feliz com o que tenho agora”, comentou ele, reforçando que o capítulo Sepultura faz parte do passado.

Andreas Kisser e Max Cavalera. - Foto: Reprodução.
Andreas Kisser e Max Cavalera. - Foto: Reprodução.

Mesmo com o 40º aniversário da banda se aproximando, Kisser foi categórico ao afirmar que um reencontro não está nos planos, ao menos por enquanto. Em entrevistas anteriores, Andreas mencionou que uma última apresentação com a participação de Max e Igor poderia ser “bonita”, mas que não há urgência em forçar uma situação.

O guitarrista tem se mostrado focado no legado da banda e em manter a integridade do que foi construído nos últimos anos com Derrick Green nos vocais.

Um aspecto que Andreas sempre ressaltou é que ele respeita o passado, mas que não está disposto a abrir mão da atual trajetória da banda, que continua a lançar álbuns e realizar turnês com uma formação consolidada. “Max e Igor são pessoas muito diferentes do que eram”, comentou Andreas, destacando que os caminhos se distanciaram ao longo das últimas décadas.

Essa distância é evidente também na forma como Max lida com o assunto. Em diversas ocasiões, ele apontou que, se o público deseja algo próximo do som clássico do Sepultura, deveria assistir aos shows dele com Igor, onde tocam álbuns icônicos como Roots e Beneath the Remains. Esse tipo de comentário evidencia a lacuna não apenas artística, mas também emocional entre as partes.

Apesar do desejo de vários fãs por uma reunião, a perspectiva parece cada vez mais remota, com ambos os lados focados em seus projetos individuais. Tanto Max quanto Andreas concordam que, se uma reunião acontecer, ela precisará ocorrer de forma natural, sem ser forçada por pressões externas.

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