Anthony Green Reflete Sobre o Futuro em Novo Single "Last Summer In America"
A faixa aborda temas como o fim do mundo e a necessidade de mudança nos sistemas sociais.
Anthony Green não para.
Seja no palco, em estúdio, ou em uma viagem pela Europa, o músico sempre encontra uma forma de transformar suas experiências em arte.
E dessa vez, o resultado é “Last Summer In America”, uma faixa que vai direto ao ponto: o mundo pode estar acabando, mas por que insistimos em falar sobre isso e não sobre as causas?
É um folk que soa simples, mas traz consigo um peso que só alguém como Green poderia carregar.
Anthony Green já é uma figura icônica na cena alternativa. Ele está por aí, com suas bandas, projetos solo, e colaborações que parecem não ter fim.
Entre uma turnê e outra, o cara ainda encontra tempo para lançar novas músicas.
E é nesse turbilhão criativo que surge “Last Summer In America”, uma canção que é, ao mesmo tempo, um grito de alerta e uma reflexão silenciosa sobre os tempos que vivemos.
Um Folk de Despedida?
A primeira vez que Green ouviu a expressão “Last Summer In America”, ele estava na Europa.
Alguém mencionou de passagem, sem grande importância. Mas para um artista como Green, essas palavras ressoaram de uma forma diferente.
Começou a cantarolar, a experimentar melodias, e antes que percebesse, uma nova música estava nascendo.
“Eu estava andando muito pela Europa na recente turnê do LS Dunes, e me peguei cantando essas palavras nessa melodia. Ouvi alguém dizer ‘o último verão na América’, mas se referindo ao verão passado, no sentido de passado. Comecei a sonhar com a ideia de escrever uma canção folk simples sobre como parecemos mais inclinados a falar sobre o fim do mundo do que sobre o fim desses sistemas opressores e corruptos que inventamos, herdamos e concordamos em participar. É uma meditação sobre se um sistema quebrado pode se curar dentro de seus próprios mecanismos,” explica Green.
E é exatamente essa reflexão que faz de “Last Summer In America” uma canção tão poderosa.
Green não está apenas jogando as cartas na mesa; ele está perguntando se essas cartas são mesmo necessárias.
O que estamos fazendo para mudar as regras do jogo?
Um Lado B Que Diz Muito
Além de “Last Summer In America”, Green também lançou uma versão solo e acústica de “All Hours”, faixa que originalmente faz parte do álbum Doom. Spun.
É interessante ver como ele escolhe revisitar suas próprias músicas, despindo-as de elementos extras para focar na essência.
Essa versão de “All Hours” é quase um antídoto para o folk mais direto de “Last Summer In America”. É introspectiva, um convite para que o ouvinte entre no universo particular de Green.
Seja na versão original ou nessa releitura, Doom. Spun. é um álbum que mostra um lado mais sombrio e meditativo de Anthony Green, um artista que não tem medo de enfrentar seus próprios demônios.
A Caminho da Estrada… de Novo
E como se não bastasse lançar música nova, Green já está se preparando para mais uma temporada de shows.
Em setembro, ele embarca em uma mini-turnê pela Costa Oeste dos EUA, seguida por uma série de shows no Nordeste americano em dezembro.
Entre essas duas aventuras solo, Green ainda encontra tempo para cair na estrada com o LS Dunes, em turnê com o Rise Against.
O cara não para. E é exatamente isso que seus fãs adoram nele. 🖤
Covers que Surpreendem
Se você acha que Green só vive de composições próprias, é melhor repensar.
Recentemente, ele tem postado alguns covers em seu Instagram, mostrando que sua versatilidade vai além de suas criações originais.
Entre os destaques, está uma versão de “Thought You Were Waving”, da banda Militarie Gun, além de releituras de “Spiritual Intimidation”, do Land of Talk, e “Dogs of L.A.”, da Liz Phair.
Essas escolhas de covers dizem muito sobre suas influências e sobre o que ele anda ouvindo, e mostram que, mesmo quando não está criando, Anthony Green continua a absorver e reinterpretar o mundo à sua volta.
Anthony Green e Sua Capacidade de Evoluir
O que mais impressiona em Anthony Green é sua capacidade de se reinventar sem perder a essência.
Desde os tempos de Circa Survive, Saosin e The Sound of Animals Fighting, até sua carreira solo, Green nunca foi de se acomodar.
Ele está sempre em movimento, sempre explorando novos territórios musicais.
Com “Last Summer In America”, ele nos lembra que, embora o mundo possa parecer à beira do colapso, ainda há espaço para a arte e para a reflexão.
E ainda mais importante, há espaço para a mudança.
Um Artista em Constante Movimento
Anthony Green não é apenas um músico; ele é um contador de histórias, um provocador, e, acima de tudo, um reflexo do tempo em que vivemos.
Com “Last Summer In America”, ele nos desafia a pensar além do apocalipse e a questionar os sistemas que aceitamos como normais.
A nova música de Green é um lembrete poderoso de que, mesmo em meio ao caos, ainda podemos encontrar momentos de beleza e clareza.
Pois é, enquanto ele continuar a criar, podemos ter certeza de que essas reflexões continuarão a surgir, trazendo novas perspectivas e, talvez, algumas respostas.
No fim das contas, o que Anthony Green nos oferece é muito mais do que música.
É uma chance de parar, respirar, e, quem sabe, começar a imaginar um futuro diferente.
