EVANESCENCE é NU-METAL? AMY LEE diz o que pensa sobre o rótulo

A líder da banda desabafa sobre os rótulos que cercaram a banda no auge de "Fallen".

Evanescence é Nu-Metal? Amy Lee diz o que pensa sobre o rótulo

Evanescence e o Rótulo de Nu-Metal? Uma Mistura que Nunca Desceu Bem para Amy Lee. 👇

Vamos falar a real, rótulos são uma droga (as vezes). Ainda mais quando tentam enfiar sua banda favorita em uma caixinha que não faz sentido.

E se você era fã do Evanescence em 2003, sabe muito bem que a mídia adorava chamar a banda de nu-metal.

Mas será que esse rótulo fazia jus à música sombria e atmosférica que Amy Lee e companhia criaram em Fallen? Spoiler: não, pelo menos não na cabeça da própria Amy.

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O Peso de um Rótulo

Quando o álbum Fallen foi lançado, o mundo do rock e metal estava sendo dominado pelo que muitos chamavam de nu-metal.

Você sabe do que tô falando – Korn, Linkin Park, Papa Roach e todos aqueles caras que misturavam guitarras pesadas com letras introspectivas (ou raivosas) e, claro, um pouco de rap aqui e ali.

Um estilo que eu sou muito fã, mas…

E o Evanescence?

Bom, eles surgiram com um som que misturava tudo isso, mas com uma diferença essencial: Amy Lee.

A voz dela era algo que o mundo do metal ainda não tinha experimentado em uma banda de destaque.

Uma coisa é você ter vocalistas femininas como Tarja Turunen do Nightwish ou Sharon den Adel do Within Temptation, mas Amy Lee trouxe algo completamente novo – um equilíbrio perfeito entre o sombrio e o sublime, com uma pegada de música clássica.

Amy Lee e o Nu-Metal: Uma Combinação Desconfortável

Mas então, por que diabos alguém iria chamar o Evanescence de nu-metal? Bem, a resposta está, em parte, no sucesso do single “Bring Me to Life”.

“Nu-metal era o nome que davam para muitas bandas de hard rock da época que não faziam aquele tipo de rock mais leve e alegre.” disse Amy Lee em uma entrevista.

Cê lembra? O single tinha aquele “rap, meio-rap…sei lá” no meio da música, cortesia de Paul McCoy do 12 Stones.

Pois é, essa colaboração foi o suficiente para fazer com que a mídia colocasse Evanescence na mesma prateleira que as outras bandas de nu-metal.

Mas Amy Lee nunca gostou muito disso aí não.

Na verdade, ela nunca foi fã de rótulos em geral.

“Eu não gostei muito desse título, mas eu não gosto de nenhum título. É difícil, é realmente difícil resumir algo que é tão precioso para você em uma palavra de um gênero, porque eu realmente amo misturar todos os gêneros.”

O Fator “Alternativo

E aí está uma das coisas mais legais sobre Evanescence: eles nunca se encaixaram perfeitamente em nenhum gênero.

Enquanto o nu-metal estava dominando as paradas, a banda estava pegando emprestado elementos de gothic metal, rock alternativo, e até música clássica.

E isso para Amy sempre foi o mais importante.

“Uma das minhas maiores inspirações quando comecei foi sobre combinar estilos realmente contrastantes, trazendo algo do mundo cinematográfico e clássico sinfônico e casando com metal, hard rock e música alternativa.”

Ela sempre viu a palavra “alternativo” como uma das melhores maneiras de descrever a música da banda.

E faz sentido, porque o “alternativo” é exatamente isso – algo que foge do comum, que não se encaixa em uma definição padrão.

No começo dos anos 2000 o rótulo “nu-metal” era usado exatamente para isso, para uma banda alternativa, que era diferente do que a gente estava acostumado.

O Som Único do Evanescence

Se você ouvir qualquer faixa de Fallen, vai perceber que a banda nunca foi apenas uma coisa.

Eles têm aquela intensidade do metal, sim, mas também têm uma sensibilidade melódica que não era comum no nu-metal.

E a voz de Amy?

Bem, é quase como se ela estivesse flutuando sobre todas aquelas guitarras pesadas, criando uma atmosfera que é ao mesmo tempo sombria e bonita.

E isso é algo que vai além dos rótulos.

Enquanto a maioria das bandas de nu-metal estava gritando suas frustrações, o Evanescence estava construindo paisagens sonoras que eram quase cinematográficas.

A Evolução do Evanescence e o Legado de Fallen

Desde o lançamento de Fallen, o Evanescence evoluiu de várias maneiras.

Amy Lee continuou a explorar diferentes estilos musicais, desde álbuns mais eletrônicos até o retorno às raízes sinfônicas com Synthesis.

Ao longo do caminho, a banda deixou claro que nunca se tratou de seguir tendências ou se encaixar em rótulos.

O que nos leva de volta ao início: os rótulos podem ser uma droga, mas também podem ser uma ferramenta útil para entender o que uma banda é – ou não é.

No caso do Evanescence, o rótulo de nu-metal nunca foi, muito, o certo, digamos assim.

Eles sempre foram algo mais, algo que desafiava as expectativas e se recusava a ser definido por uma palavra ou um gênero.

O Impacto Cultural de Fallen

Sinceridade? Fallen foi um dos álbuns mais icônicos dos anos 2000.

Ele não apenas ajudou a definir o som de uma geração, mas também abriu portas para muitas outras bandas com vocalistas femininas.

E apesar de qualquer rótulo que a mídia tentou colocar neles, o Evanescence sempre foi fiel a si mesmo – uma banda que se preocupava mais em fazer música que tocasse as pessoas do que em se encaixar em qualquer categoria.

No final das contas, talvez seja isso que mais importe.

Nu-Metal: Um Gênero ou um Rótulo Passageiro?

Olhando para trás, o nu-metal em si parece ser uma fase pela qual o rock e o metal passaram.

Enquanto algumas bandas conseguiram transcender o gênero (olha o Linkin Park aí), outras ficaram presas nesse rótulo e desapareceram quando o movimento começou a perder força, infelizmente.

Mas o Evanescence?

Eles continuaram a fazer a sua própria coisa, evoluindo e mudando conforme o tempo passava.

E talvez seja por isso que, 20 anos depois, Fallen ainda é um álbum tão relevante – porque ele nunca foi realmente sobre ser “nu-metal”.

Ele foi sobre algo mais profundo, mais emocional, e mais autêntico.

No final das contas, é isso que faz uma banda durar.

Porque como Amy Lee nos mostrou, a música é sobre emoção, não rótulos.

Falei Demais Já, Né?

Mas aqui ainda fica a questão: Evanescence é uma banda de nu-metal, ou não?

O que você acha?

Pelo menos de acordo com a vocalista da própria banda, NÃO. Eles são muito mais do que isso.

E se tu ainda não ouviu o álbum Fallen…tem ele completo aqui pra você, ó. 👇

É isso aí, apesar dos rótulos, a música ainda fala por si mesma. 🎸

Rock on. 👍