James Hetfield do Metallica fala sobre papel em The Thicket "Não gosto de atuar"

Frontman explica a diferença entre os palcos e o cinema.

James Hetfield, vocalista do Metallica atuando em ‘The Thicket’. — Imagem: Facebook / Reprodução / Divulgação.
James Hetfield, vocalista do Metallica atuando em ‘The Thicket’. — Imagem: Facebook / Reprodução / Divulgação.

James Hetfield, icônico frontman do Metallica, fez uma rara aparição fora dos palcos ao participar do filme de faroeste The Thicket, estrelado por Peter Dinklage, conhecido por seu papel em Game of Thrones.

Durante um episódio do podcast The Metallica Report, Hetfield abriu o jogo sobre a experiência, revelando alguns desafios que enfrentou durante as filmagens no Canadá. Se você acha que ele gostou de atuar, a resposta é simples: não. E ele deixou isso bem claro. 🎬

Hetfield, que interpreta um xerife no filme, foi convidado diretamente por Dinklage para participar do projeto. O convite foi tentador, mas a experiência provou ser mais complicada do que ele imaginava. “Eu não gosto de atuar de jeito nenhum”, comentou o músico, de forma bem direta. E olha que essa não foi sua primeira vez no cinema — ele já havia aparecido na cinebiografia de Ted Bundy em 2019.

O Desafio de Estar Diante das Câmeras

Comparando a sensação de se apresentar em um palco gigantesco para uma multidão com a intimidade de atuar diante de uma câmera, Hetfield explicou as diferenças:

“Eu gosto de grandes projeções”, disse ele, se referindo à energia de um show ao vivo. “Atuar para uma câmera, é pequeno demais. Não é a minha praia.”

Se filmar não é sua atividade favorita, a locação certamente não ajudou. Hetfield descreveu com bom humor a experiência de gravar no frio extremo do Canadá, próximo a Calgary, onde as temperaturas podem ser congelantes.

“Estou sentado em um trailer, com roupas da virada do século XIX. A lã ajuda, mas os sapatos nem tanto", comentou, fazendo uma piada sobre a situação. “Ray, meu assistente, estava lá comigo. A gente ouvia: ‘Você vai filmar hoje’. E no fim do dia, era tipo: ‘Ah, não conseguimos falar com você hoje’. Isso foi me enlouquecendo.”

Mesmo com essa situação caótica, Hetfield conseguiu manter o bom humor, até brincando que diria para Ray lembrá-lo de “dizer não” da próxima vez que fosse convidado para um papel no cinema.

Comparação entre Música e Cinema

Para o vocal do Metallica, a música sempre foi uma questão de ação imediata. Ele revelou sua frustração com o processo lento do cinema, onde você espera dias para finalmente dizer sua fala.

“Música não é sobre esperar. Quando eu tenho uma ideia, eu anoto na hora e a gente faz acontecer. No cinema, você tem que praticar sua fala e, às vezes, esperar cinco dias para finalmente dizê-la. Isso me deixa maluco.”

Esse contraste entre as duas indústrias foi um ponto-chave de sua fala. Enquanto a música é espontânea e rápida, o cinema exige paciência e um nível de controle que Hetfield achou difícil de lidar.

De Volta às Telonas

A participação de James em The Thicket marca a segunda vez que ele atua em um filme, com a primeira sendo sua participação em Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, a cinebiografia de Ted Bundy.

A surpresa dos fãs na época foi enorme, já que poucos esperavam ver o líder do Metallica envolvido em algo além de música.

Mas a verdade é que Hetfield sempre foi um entusiasta de projetos desafiadores, mesmo que ele admita não gostar tanto de atuar.

Apesar da relutância em assumir mais papéis no futuro, James reconheceu que a experiência teve seus méritos. Trabalhar ao lado de Peter Dinklage, alguém que ele admira, foi uma oportunidade única. “O Dinklage me chamou, então aceitei. Não tinha como dizer não.

O Futuro no Cinema

Depois de ter participado de dois filmes, é natural perguntar: será que Hetfield continuará se aventurando na indústria cinematográfica?

Ao que tudo indica, a resposta é incerta. Apesar de ele ter sido bastante vocal sobre não gostar de atuar, a pressão de amigos e colegas do setor pode fazê-lo reconsiderar.

O vocalista parece também preferir manter sua energia voltada para o Metallica e para os palcos. A banda continua a ser uma das maiores forças do rock mundial, e sua agenda de shows e gravações já é intensa o suficiente.

“Música é o que eu faço. É o que eu amo. Atuar… nem tanto”, ele resumiu, rindo.