Kiko Loureiro Sobre Kurt Cobain: "Acabou com os Solos de Guitarra"

Como o grunge mudou a música para sempre, segundo o guitarrista do Angra e Megadeth.

Kiko Loureiro Sobre Kurt Cobain: "Acabou com os Solos de Guitarra"

Kiko Loureiro, o mestre das seis cordas do Angra e do Megadeth, não poupou palavras ao falar sobre como o grunge e Kurt Cobain mudaram o cenário musical.

E aí, você já parou pra pensar como tudo isso afetou a música que a gente ouve hoje?

“Você tem o Michael Jackson, de repente, com uma guitarra em ‘Beat It’, tocando super rápido, que era Van Halen! Porque na época isso era visto como bonito. Aí depois vem o Kurt Cobain e fala: não, não, não, para com isso tudo! Eles mudam, assim como foi o Kurt, né? Foi o Nirvana. Essa época meio que acaba com solos de guitarra!”

Imagina só a cena: Michael Jackson chamando o Van Halen pra fazer aquele solo insano em “Beat It”. Isso era o ápice do cool nos anos 80. Mas aí vem o Kurt, com o seu jeito despreocupado e camiseta de flanela, e diz “chega disso”.

E o Kiko continua:

Não é mais legal, não é cool, né? O solo de guitarra, que antes era o momento mais esperado da música, virou algo barulhento e fora de moda. E isso não foi só na guitarra.

Lembra dos solos de saxofone nas músicas pop dos anos 80? 🎷 George Michael que o diga! E até o Stevie Wonder arrasava na gaita de boca. Mas o grunge, com seu som mais cru e direto, cortou tudo isso. A estética da música mudou junto com o visual.

“Quando vem o grunge, meio que acaba com isso e também a questão da estética da roupa. Muito colorido, luxo, tal, e vem um rock que é melancólico, né? Mais deprê, mas tem um lance do eu me visto como você, né? Camiseta de flanela, um tênis All Star velho, tipo somos iguais, né? Tinha um lance assim dessa proximidade.”

A gente saiu do luxo colorido dos anos 80 e entrou numa fase de melancolia e simplicidade. A galera trocou as roupas extravagantes por camisetas de flanela e tênis All Star surrados.

Você se sente mais conectado com o artista, como se fossem iguais. E isso é bem diferente daquela sensação de adoração distante dos anos 80.

E não para por aí. A mudança não foi só visual e musical. A atitude também mudou. Nos anos 80, era tudo sobre excessos, solos longos e brilhantes, e muita produção.

O grunge trouxe uma abordagem mais direta e honesta, quase como um anti-showmanship.

Minha Opinião 🎤

Como alguém que curte um bom solo de guitarra, é um pouco triste ver como essa arte foi marginalizada.

Mas também é fascinante ver como a música evolui e se adapta às novas gerações e sensibilidades.

O grunge trouxe uma autenticidade que talvez estivesse faltando. Mas será que a gente precisa escolher um lado?

Será que não dá pra curtir tanto um solo de guitarra quanto um riff simples e direto? 🤔

Fica aí o meu questionamento pra ti. Eu? Particulamente, eu curto as duas abordagens.

E Você?

O que acha dessa mudança toda? Será que o grunge realmente matou os solos de guitarra ou só trouxe uma nova perspectiva?

Eu acho que a música é sobre sentir, e cada um sente de um jeito diferente, né não?

Pra finalizar, fica com essa pedrada do Nirvana aí (“The Man Who Sold The World”). 👇