Mike Portnoy Desabafa: "Estou Começando a Sentir Minha Idade"

Baterista fala sobre o impacto do envelhecimento em sua carreira musical.

Mike Portnoy Desabafa: "Estou Começando a Sentir Minha Idade"

Mike Portnoy e o inevitável peso da idade: será que o tempo está cobrando sua fatura?

Vamos encarar a realidade: Mike Portnoy, o monstro sagrado das baquetas, o cara que já fez seus ouvidos se contorcerem em puro êxtase com sua precisão e velocidade, não é mais o garoto de 20 anos que destruiu tudo no Dream Theater lá nos anos 90.

Sim, galera, Portnoy está sentindo o peso da idade. E, vamos combinar, quem não sentiria?

Mesmo o baterista que já foi o “todo-poderoso” do prog metal, agora está se olhando no espelho e vendo o tempo passar.

Mas calma aí, isso não quer dizer que ele esteja ficando mole ou que sua técnica esteja caindo aos pedaços. Muito pelo contrário!

Portnoy, no auge dos seus 50 e poucos anos, continua batendo pesado e mostrando que ainda tem muito a oferecer.

“Para ser honesto, estou começando a sentir um pouco a minha idade. Não sou mais o garoto que eu era há 20, 30 anos. Então, você tem que fazer o melhor que pode”, disse Portnoy em uma entrevista recente no podcast “So… You Want To Be A Musician?”, com Nick D’Virgilio, baterista do Mr. Big.

Isso, meu amigo, é o peso da maturidade. É saber que, embora o corpo já não responda com a mesma agilidade de antigamente, a experiência acumulada vale ouro.

E quando você já tocou com lendas como Neal Morse e Billy Sheehan, dá para entender por que o cara ainda manda bem!

Fazer o quê, o tempo passa pra todo mundo

O ponto é que Portnoy sabe disso. Ele sabe que não dá mais para contar apenas com o vigor da juventude. Mas o que o mantém afiado?

A resposta é simples: tocar, tocar e tocar.

“Quero dizer, no meu caso, eu toco tanto que isso me mantém em alerta. Até recentemente, quando voltei ao Dream Theater, eu estava tocando em tantas bandas diferentes, o que significava que eu estava constantemente tocando, cercado por diferentes músicos, o que sempre me inspirou”, continuou Portnoy.

É isso aí! Se você está sempre em movimento, rodeado por músicos de primeira linha, a chance de você ficar enferrujado é praticamente nula.

Sejamos francos, tocar com uma galera do nível do Neal Morse e do Billy Sheehan não é para qualquer um.

Portnoy não precisa ficar falando sobre saúde, alimentação ou sono (e ele mesmo admite que não é o exemplo ideal nisso).

O lance dele é tocar, sentir a energia da música e continuar evoluindo como músico. Simples assim.

Voltando ao lar: a perspectiva de um terceiro ato

Aqui vem a parte interessante: o cara voltou para o Dream Theater. É como se ele estivesse trazendo todo aquele conhecimento acumulado de volta para casa.

“É uma perspectiva interessante, porque estou voltando ao Dream Theater com uma dúzia de anos de experiências que tive fora da banda. E eles também, eles passaram os últimos 13 anos com suas próprias experiências que eu não tive com eles”, explicou o baterista.

Ou seja, não é só ele que mudou. O Dream Theater também passou por transformações. Mas o que faz isso ser empolgante é justamente o fato de que essa nova dinâmica pode trazer um frescor para a banda, algo que, convenhamos, é sempre necessário depois de tanto tempo na estrada.

Portnoy vê isso como o início de um “terceiro ato”. E, para quem acha que isso é papo de quem está com o pé na cova, fique tranquilo.

Ele está longe disso. Na verdade, ele está mais afiado do que nunca, só que agora com uma nova perspectiva.

A inevitável corrida contra o tempo

Uma das coisas que realmente pesou nessa reunião foi a percepção de que o tempo não para. E quando se chega a uma certa idade, você começa a se perguntar: “quanto tempo mais eu tenho para fazer o que amo?”.

“Nesta nossa idade, percebemos que, quando decidimos nos reunir e voltar a tocar juntos, eu estaria mentindo se dissesse que não começamos a nos olhar no espelho e a olhar para o relógio e pensar: quem sabe quanto tempo nos resta? O relógio está correndo, e percebemos que não estaremos aqui para sempre”, refletiu Portnoy.

Aí está a real. Não é só sobre a música, é sobre a vida.

Portnoy e os caras do Dream Theater se deram conta de que o tempo é precioso e que querem gastar o que resta dele fazendo o que amam.

Isso é o que realmente importa. E, para eles, significa estar juntos, criando e fazendo música.

Um legado construído com suor e baquetas

Portnoy sabe que o tempo passa, mas ele também sabe que seu legado é sólido. Ele não precisa provar mais nada para ninguém. Mas isso não significa que ele vai parar de desafiar a si mesmo e buscar novas formas de se expressar na música.

E é aí que está o pulo do gato: envelhecer não significa desistir. Significa ser mais esperto, mais estratégico e, acima de tudo, mais consciente de suas escolhas. E Mike Portnoy é um exemplo claro disso.

O cara não está apenas vivendo de glórias passadas, ele está escrevendo novos capítulos na sua história, mesmo que o relógio esteja correndo.

Sinceramente, acho que todos nós poderíamos aprender algo com isso.

Afinal, a música é eterna. E enquanto houver paixão, haverá Mike Portnoy batendo nas baquetas e mostrando como se faz.

Fim?

O que o futuro reserva para Mike Portnoy e o Dream Theater? Quem sabe? Mas uma coisa é certa: eles ainda têm muita lenha para queimar.

Seja nas turnês, seja nos novos álbuns, Portnoy e sua galera estão prontos para continuar fazendo história no mundo do metal progressivo.

E nós, fãs, estamos aqui para testemunhar cada momento disso.

Então, que venha o terceiro ato! 🥁