Sebastian Bach, ex SKID ROW: "O Rock Me Mantém Jovem"

Vocalista reflete sobre a conexão entre música e juventude.

Gabriel Rodrigues dos Santos

14 de set. de 2024

Em uma entrevista recente ao canal alemão EMP, o ex-vocalista do SKID ROW, Sebastian Bach, falou sobre o título de seu último álbum solo, “Child Within The Man”, lançado em maio pela Reigning Phoenix Music.

Bach, conhecido por seu carisma e energia no palco, compartilhou um pouco da sensação que o rock and roll ainda desperta nele.

“O rock me faz sentir como uma criança. [Risos] Quando ouço um dos meus discos favoritos, como SCORPIONS, nada me traz mais de volta à minha infância do que o rock. É uma sensação que nunca muda.”

Bach também comentou sobre sua participação no Wacken Open Air deste ano, um dos maiores festivais de metal do mundo, que aconteceu em Wacken, na Alemanha.

Apesar de sua energia juvenil no palco, seu corpo parece não acompanhar o mesmo ritmo.

“Esse foi nosso 44º show este ano. Quando comecei a turnê, estava fazendo todo o headbanging, mas acabei ferrando com meu pescoço, paralisei minhas costas. Pensei que teria que cancelar alguns shows, mas não cancelo shows.”

Ainda assim, sua paixão pelo rock fala mais alto:

“Quando estou no palco e vejo o público, sinto como se tivesse 19 anos. Mas quando saio do palco, meu corpo me lembra: ‘Você não é um moleque, o que você está fazendo?’”

Com um tom bem humorado, Bach garantiu que, assim como Mick Jagger, ele ainda tem muitos anos de rock pela frente:

“Se Mick Jagger pode continuar no rock aos 82, vocês vão ter que me aguentar por mais 40 anos, fácil!” 🤘

Nova Turnê pela América do Norte

Sebastian Bach já tem uma turnê marcada pela América do Norte para este outono. A turnê começa no dia 4 de outubro, em Portland, e inclui datas nos Estados Unidos, além de dois shows no lendário Whisky A Go Go, em West Hollywood.

Bach também vai fazer 16 apresentações no Canadá, sua terra natal.

Essa série de shows faz parte da divulgação de seu álbum “Child Within The Man”, que foi gravado em Orlando, Flórida.

O álbum foi produzido e mixado por Michael “Elvis” Baskette, com engenharia de som de Jef Moll e assistência de Josh Saldate. A masterização ficou por conta de Robert Ludwig, da Gateway Mastering.

Bach foi responsável por escrever ou co-escrever todas as 11 faixas do álbum, além de cantar tanto os vocais principais quanto os de apoio.

É um trabalho extremamente pessoal, mas que conta com a colaboração de grandes nomes do rock.

Colaborações de Peso

Uma das grandes atrações de “Child Within The Man” é a lista de convidados especiais. O álbum conta com participações de nomes de peso como:

John 5 (MÖTLEY CRÜE, ROB ZOMBIE, MARILYN MANSON),
Steve Stevens (BILLY IDOL),
Orianthi (ALICE COOPER, MICHAEL JACKSON).

Esses três artistas co-escreveram suas respectivas faixas com Bach, trazendo ainda mais valor ao álbum.

Tem também duas músicas co-escritas com Myles Kennedy, do ALTER BRIDGE: “What Do I Got to Lose?” e “To Live Again”.

O álbum também tem a participação de:

Devin Bronson nas guitarras,
Todd Kerns no baixo,
Jeremy Colson na bateria.

A Arte Especial de “Child Within The Man”

Outro ponto de destaque no novo álbum é a arte da capa. O design da capa tem um significado especial para Sebastian Bach, pois foi feito por ninguém menos que seu pai, o renomado artista visual David Bierk.

Em uma entrevista para o programa de rádio “Whiplash”, da KLOS, Bach contou que essa arte é muito mais que um simples desenho:

“Eu tenho muita arte do meu pai. Ele já faleceu, mas todos os filhos ficaram com algumas de suas obras quando ele morreu. Quando desci ao porão da minha casa, abri um rolo de pinturas que sabia que continha a arte de ‘Subhuman Race’, do SKID ROW, mas me deparei com algo que não esperava. Lá estava uma pintura que ele fez de mim quando eu tinha 10 anos.”

Essa obra retrata o jovem Bach ao lado de um Cadillac velho, com Jesus ascendendo aos céus ao fundo. A capa do álbum faz uma fusão entre essa pintura infantil e uma imagem dele como adulto no palco.

“A capa é eu correndo como uma criança e, depois, como um homem no palco. Isso me lembra os anos 70. O fato de eu poder trazer uma pintura de 1978 e transformá-la em uma capa de 2023, 2024, é algo realmente incrível.”