Assista: SLIPKNOT Fecha Primeira Parte da Turnê com Show Histórico no Canadá

A banda toca quase todo o álbum autointitulado e Eloy Casagrande brilha em performance épica.

Gabriel Rodrigues dos Santos

18 de ago. de 2024

Não foi um show qualquer. Foi uma celebração. A turnê “Here Comes the Pain” do Slipknot chegou com força total ao Canadá, fechando a primeira perna dos shows em grande estilo. E, claro, o cenário não poderia ser mais épico: a lendária arena Scotiabank em Toronto, onde as paredes estremeceram com a fúria do metal pesado no dia 17 de agosto.

Eloy Casagrande, o novo baterista da banda, mais uma vez mostrou porque está sendo aclamado pelos fãs e críticos. Sua performance foi simplesmente brutal – ele não apenas preencheu o lugar deixado por Jay Weinberg, mas trouxe uma energia nova e selvagem que eletrizou a plateia.

Mas não foi só a presença de Casagrande que fez esse show ser inesquecível. O Slipknot trouxe à tona quase todo o seu álbum autointitulado, aquele que colocou a banda no mapa do metal mundial. Quem estava na arena foi transportado direto para 1999, com uma setlist que revivia os primórdios da banda.

Ouvir “(sic)”, “Eyeless”, e “Wait and Bleed” ao vivo é como se a gente tivesse voltado no tempo, mas com a maturidade e brutalidade que o Slipknot carrega hoje. Cada música soou como um soco na cara, e a galera simplesmente pirou. A banda fez questão de entregar ao público uma experiência completa, explorando não só os hits mais populares, mas também aquelas faixas que os fãs raiz conhecem de cor.

Uma Setlist pra Ninguém Botar Defeito

A setlist foi uma verdadeira viagem no tempo. A abertura com “742617000027” já deu o tom de que o que viria pela frente seria uma noite inesquecível. A sequência trouxe as pesadíssimas “(sic)”, “Eyeless”, e a sempre empolgante “Wait and Bleed”.

Uma das surpresas da noite foi a inclusão de “Tattered & Torn (Sid Wilson remix)”, que trouxe uma nova roupagem à faixa, deixando-a ainda mais sinistra e intensa.

Outro momento marcante foi a execução de “Scissors” como o grande final. Para os desavisados, essa faixa carrega um peso emocional forte para a banda, e vê-la ao vivo é quase como participar de um ritual.

Mas, se tem algo que os fãs hardcore notaram, foi a ausência de “Diluted”. E, olha, há uma razão para isso: Corey Taylor já mencionou em entrevistas que essa música é pessoal demais para ele.

Ela toca em temas de abandono e lutas internas, especialmente ligadas à figura do pai ausente de Corey. Talvez, por isso, ela tenha ficado de fora do setlist.

Honestamente? Isso só fez o show parecer ainda mais autêntico e visceral.

O Slipknot não é apenas sobre tocar música pesada; é sobre viver e sentir cada nota.

Se liga na setlist completa (via Setlist.fm): 👇

Dream Weaver (Gary Wright song) (tocada de fita)
742617000027
(sic)
Eyeless
Wait and Bleed
Get This
Eeyore
Tattered & Torn (tocada de fita)
Me Inside (Primeira vez desde 2015)
Liberate
Frail Limb Nursery (tocada de fita)
Purity
Prosthetics
No Life (Primeira vez desde 2000)
Only One (Primeira vez desde 2012)

Encore:

Mudslide (tocada de fita)
Spit It Out
Surfacing
Scissors (Primeira vez desde 2000)

Eloy Casagrande: A Nova Alma do Slipknot

Desde que Eloy Casagrande foi anunciado como novo baterista do Slipknot, o burburinho foi grande. Afinal, substituir Jay Weinberg não seria tarefa fácil.

Mas o cara não só deu conta do recado, como imprimiu sua marca no som da banda. A precisão, a força e a intensidade que ele trouxe ao palco mostraram que ele é muito mais do que apenas um substituto – ele é parte do futuro do Slipknot.

Durante o show na Scotiabank Arena, foi impossível não ficar hipnotizado pelos movimentos de Casagrande. Suas batidas estavam perfeitamente sincronizadas com a brutalidade das guitarras e os berros guturais de Corey Taylor. Quem estava lá sabe: Eloy não apenas tocou, ele dominou.

E essa energia não vai parar por aqui. A banda se prepara para uma pequena pausa, mas já tem data marcada para voltar: dia 1º de setembro, no Pryor Creek Music Festival Grounds.

E, se o show no Canadá foi uma prévia do que está por vir, podemos esperar uma segunda perna de turnê ainda mais explosiva.

Slipknot: Uma Banda Que Se Reinventa

O Slipknot sempre foi conhecido por suas performances incendiárias e pela habilidade de se reinventar. E essa turnê está provando que, mesmo após anos de estrada, eles continuam no topo do jogo.

A escolha de tocar quase todo o álbum autointitulado é um sinal claro de que a banda sabe reconhecer suas raízes, ao mesmo tempo em que não tem medo de explorar novos territórios musicais.

Os shows da “Here Comes the Pain” não são apenas concertos; são eventos que marcam a vida de quem participa. E, para quem já acompanha a banda há anos, é uma oportunidade de reviver momentos importantes e de sentir a energia crua que só o Slipknot consegue entregar.

O Que Esperar do Futuro?

A pergunta que fica é: o que mais o Slipknot tem guardado para os fãs? Com a segunda perna da turnê se aproximando, as expectativas estão lá em cima.

Será que veremos mais surpresas no setlist? Será que a banda vai continuar explorando seu passado, ou trará ainda mais faixas dos seus trabalhos mais recentes?

Uma coisa é certa: quem for aos próximos shows pode esperar uma experiência que vai além do simples ato de assistir a uma banda tocar. É uma jornada, uma catarse, e, acima de tudo, um lembrete do porquê o Slipknot é uma das maiores bandas de metal de todos os tempos.

Se liga na performance completa do Slipknot no Canadá. 👇